No próximo dia 22 de março, trabalhadores e trabalhadoras vão às ruas em todo o Brasil, em defesa de uma Previdência Social justa e sem privilégios.
O ato é organizado pelas centrais sindicais – Força Sindical, CUT, CSB, Nova Central, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas – além da Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, e em São Paulo a manifestação será, a partir das 8 horas, em frente ao Extra rotula do Abacaxi.
A manifestação do dia 22 faz parte de uma agenda de ações rumo a uma greve geral, com data a ser definida.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, lembra que em 2017, a paralisação de mais de 40 milhões de trabalhadores impediu que fossem feitas mudanças nas regras de aposentadoria naquele ano. “Agora, novamente, devemos nos unir e ir às ruas mostrar nossa força e impedir mais uma vez que nossos direitos sejam retirados”, destaca Torres.
Caso seja aprovada a “Nova Previdência”, como tem chamado o governo, ficará praticamente impossível acessar o direito de aposentadoria. Pelas regras da proposta, tanto a idade mínima quanto o tempo de contribuição irão aumentar, desconsiderando a expectativa de vida dos moradores de diversas regiões do país.
Para João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, o momento é de unidade dos movimentos sindical, social e toda a sociedade contra a proposta, que praticamente acaba com a aposentadoria.
“Queremos debater com deputados e senadores, conversar com líderes de partidos e com os presidentes das duas Casas do Congresso, para que seja aprovada uma reforma justa e sem privilégios. Afinal, é no Congresso Nacional que será decidido como a reforma a ser feita”, afirma Juruna.
A CUT, avalia que existem outras formas de resolver o suposto rombo anunciado pelo governo, como a cobrança dos grandes devedores da dívida pública, o combate a fraude e a sonegação com aumento da fiscalização. ““Esta reforma é um retrocesso no que diz respeito aos critérios de acesso aos benefícios previdenciários e prioriza reduzir custos diminuindo os direitos dos trabalhadores”, alerta Vagner Freitas, presidente da CUT.
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), ressalta que a Assembleia Nacional, realizada no dia 20 de fevereiro, foi o pontapé inicial para uma jornada de lutas. “Precisamos dialogar com a sociedade e mostrar que a reforma da Previdência é prejudicial não só aos trabalhadores da ativa, mas também aos inativos e toda cadeia produtiva”, afirma.
A entidade também defende o fim da DRU, que desvia recursos da Seguridade Social para pagar juros aos bancos, a formalização da carteira assinada e a tributação de grandes fortunas e heranças.
AGENDA: Manifestação contra a reforma da Previdência
Data: 22 de março
Horário: 8 horas
Local: em frente ao Extra
Endereço: Rotula do Abacaxi
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