Presidente Michel Temer anunciou nesta segunda-feira, 5, as
bases da reforma da Previdência que pretende enviar nesta terça-feira,
6, ao Congresso Nacional; um dos principais pontos destacados pelo
presidente é adoção de uma idade mínima para aposentadoria, que deve
subir para 65 anos de idade; "É preciso postergar a concessão da
aposentadoria. Se o sistema se mantiver nos parâmetros atuais, a conta
não fecha", disse Temer, que se aposentou aos 55 anos; reunião com os
presidentes da Câmara, Marco Maia (DEM), e do Senado, Renan Calheiros
(PMDB), discute o trâmite da PEC que será enviada; resumo da ópera da
reforma da Previdência; para os mais pobres, mais tempo de contribuição,
benefícios menores e por menos tempo, enquanto mantém privilégios para
os mais ricos
Paulo Victor Chagas e Ivan Richar Esposito, da Agência Brasil - O
presidente Michel Temer defendeu a adoção de uma idade mínima para que a
aposentadoria continue a ser paga aos trabalhadores nesta e nas
próximas gerações.
Em um discurso firme sobre a necessidade de se fazer uma reforma
ampla, Temer disse a senadores e deputados que a reforma da Previdência a
ser encaminhada amanhã (5) ao Congresso será "amplamente debatida"
durante sua tramitação no Legislativo.
"Manter sustentável a Previdência exige induvidosamente uma reforma,
sob pena de colocar em risco recebimento de aposentadoria, pensões e
demais benefícios previdenciários desta e das próximas gerações. Temos
longa experiência no Parlamento e sempre fizemos pequenas reformas.
Chega de pequenas reformas", disse Temer. "É preciso postergar a
concessão da aposentadoria. Isso só pode ser feito pelo estabelecimento
de uma idade mínima. Se o sistema se mantiver nos parâmetros atuais, a
conta não fecha".
Citando exemplos econômicos e políticos para a necessidade das
mudanças, Temer disse que a idade média de aposentadoria por tempo de
contribuição é hoje de 54 anos. "O segurado permanece mais de 20 anos
recebendo e ainda pode deixar pensão para os seus dependentes. Em alguns
grupos o tempo de gozo do benefício é superior ao tempo de
contribuição", disse.
De acordo com o presidente, as novas regras valerão "integralmente"
para os mais jovens, mas haverá uma transição para os trabalhadores com
50 anos ou mais. Temer lembrou também que os que já completaram o tempo
de serviço mínimo "não precisam se preocupar", porque não serão
atingidos.
BRASIL 247
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